domingo, 16 de novembro de 2008

Valores

Milênio após milênio; século após século; década após década; ano após ano... dia após dia. Valores são mudados, ideais são necessários e mudanças são decisivas. Desde que o mundo é mundo, sabemos o quão importante é sabermos tomar decisões, ou melhor, sabemos o quanto é necessário nos posicionarmos diante dos problemas da vida.
Estamos chegando ao final do ano que marcou os quarenta anos de um momento crucial na história: 1968! Revolução sexual, revolução social, ditadura, Vietnã, nova revolução em Paris, AI-5, Martin Luther King...Bob Dylan, Patty Smith. Joan Baez, Rolling Stones, Janis Joplin, Jimmy Hendrix, The Doors... O ano que não terminou definitivamente não foi levado com o vento.
Quais conquistas realmente foram alcançadas? Quais mudanças podem ser consideradas essenciais e definitivas? Sem querer chover no molhado, mas a vitória de Barack Obama na “maior potência do bloco ocidental”, pode ser eleita como um marco na chamada democracia capitalista. Obama não é (nem deve ser) um líder messiânico, um salvador da pátria. Obama é fruto de uma série de revoluções que há tempos aquela sociedade acima da linha do Equador vem buscando. Para nós (e para o resto do mundo) não há como ficar indiferente a esse capítulo da história e torcer para que estejamos entrando numa era de novas mudanças; de novos diálogos.
O fim de 2008 traz para muitos cariocas (incluindo este que vos escreve) a decepção pela possibilidade de reforma não alcançada. Há tempos nossa cidade vem sofrendo com uma política populista e medíocre e, ao que parece, serão mais quatro anos de mesmice e achincalhe à população carioca. Não devemos torcer contra, naturalmente, mesmo porque nossa eterna (e irritante) síndrome de Pollyanna jamais permitiria. Por outro lado, também não dá para ficar indiferente as medidas anunciadas pelo alcaide da vez: nomeação de Jandira Feghali como representante da cultura, a aprovação automática (tão martelada em campanha) não sofrerá abalo e continuaremos a despejar na cidade mais uma geração de analfabetos funcionais, são apenas pequenos exemplos do que parece um começo “promissor”. This is a new old shit!!
Não foi dessa vez que conseguimos subir no bonde da modernidade, mas vamos lá, nos preparemos e façamos a nossa parte. Saibamos cobrar, saibamos educar e saibamos respeitar, porque como diz o dito popular: Pior do que está, não pode ficar! Metade do eleitorado carioca está com os dedos cruzados, tenho certeza disso!

Um comentário:

Breno Massena disse...

As informações se encontram como um diamente bruto , e o professor tem o trabalhoso , porém não valorizado trabalho de lapídar a pedra preciosa acentuando as curvas e fazendo com que as mesmas ganhem uma forma própria . A meia - verdade do advento dos meios de comunicação para mim é mais do que evidente ,pois se o mundo fosse constituido apenas por robôs que somente reproduzem informações , a vida perderia toda a sua essência , que se encontra no relacionamento humano .

Breno Massena