tag:blogger.com,1999:blog-13756577204684653862024-03-13T04:52:51.574-07:00Memórias perturbadas...Literatura, pensamentos, cinema, questionamentos, seriados, teatro...Nelson Marqueshttp://www.blogger.com/profile/14703532466359023205noreply@blogger.comBlogger26125tag:blogger.com,1999:blog-1375657720468465386.post-11761312663112272872011-03-19T15:32:00.000-07:002011-03-19T15:59:45.704-07:00Boa reflexão do articulista Fernando de Barros e Silva sobre a polêmica do blog milionário!!<div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 1px; -webkit-border-vertical-spacing: 1px;"><b><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(0, 0, 0); font-weight: normal; -webkit-border-horizontal-spacing: 0px; -webkit-border-vertical-spacing: 0px; "><span class="Apple-style-span" ><img src="http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/images/opiniao.gif" /></span><br /><span><br /><span class="Apple-style-span" >São Paulo, sábado, 19 de março de 2011</span></span></span></b></span></span></div><div><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 1px; -webkit-border-vertical-spacing: 1px;"><b><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(0, 0, 0); font-weight: normal; -webkit-border-horizontal-spacing: 0px; -webkit-border-vertical-spacing: 0px; "><span ><br /></span></span></b></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 1px; -webkit-border-vertical-spacing: 1px;" ><br /></span></span></div><span style="-webkit-border-horizontal-spacing: 1px; -webkit-border-vertical-spacing: 1px; " ><div style="text-align: justify; "><b>Blog e macarthismo</b></div></span><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" ><br /></span></div><span class="Apple-style-span" ><b style="-webkit-border-horizontal-spacing: 1px; -webkit-border-vertical-spacing: 1px; "><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal; -webkit-border-horizontal-spacing: 0px; -webkit-border-vertical-spacing: 0px; "><b style="-webkit-border-horizontal-spacing: 1px; -webkit-border-vertical-spacing: 1px; ">SÃO PAULO</b><span class="Apple-style-span" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 1px; -webkit-border-vertical-spacing: 1px; "> - Criou-se um escarcéu em torno do blog de poesia de Maria Bethânia. Pessoas reagem com fúria indignada ao fato de que a cantora foi autorizada a captar R$ 1,35 milhão pela Lei Rouanet -segundo a qual as empresas abatem do imposto que pagam a parcela do seu "patrocínio" à cultura.</span></span></div></b><span class="Apple-style-span" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 1px; -webkit-border-vertical-spacing: 1px; "><div style="text-align: justify;">Parece, pelo menos à primeira vista, sem conhecimento detalhado do projeto, um valor bem elevado para um blog. Mesmo considerando que os personagens envolvidos sejam Bethânia e o diretor Andrucha Waddington. Até aí eu vou.</div></span><span class="Apple-style-span" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 1px; -webkit-border-vertical-spacing: 1px; "><div style="text-align: justify;">Não dá, porém, para embarcar na escandalização barata do episódio, ainda acompanhada pelo prazer grupal de promover o linchamento da artista. Ninguém desviou dinheiro público, não há, rigorosamente, nenhum crime, nenhuma ilegalidade no pleito de Bethânia.</div></span><span class="Apple-style-span" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 1px; -webkit-border-vertical-spacing: 1px; "><div style="text-align: justify;">Favorecimento? A lei existe e uma das maiores intérpretes do país busca se beneficiar dela. Não estamos falando de uma espertalhona, de uma charlatã ou de uma mercadista vulgar, mas de alguém, pelo contrário, cuja figura sempre esteve associada a uma atitude de recato e nobreza de espírito.</div></span><span class="Apple-style-span" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 1px; -webkit-border-vertical-spacing: 1px; "><div style="text-align: justify;">Devemos discutir os critérios e problemas da Lei Rouanet? Sim, mas não dessa forma, sensacionalista e hipócrita. A própria ministra, Ana de Hollanda, disse numa entrevista recente: "As pessoas vivem muito de produzir eventos pela Lei Rouanet. A lei foi criando certos vícios, não só no mundo artístico, mas também no das empresas".</div></span><span class="Apple-style-span" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 1px; -webkit-border-vertical-spacing: 1px; "><div style="text-align: justify;">A reação ao blog de Bethânia, nos termos em que se deu, é, no fundo, só mais um capítulo de um certo macarthismo chulé que vem ganhando expressão no país. A caça às bruxas é capitaneada por uma direita cultural hoje bem estruturada na mídia, quase sempre maledicente e escandalosa.</div></span><span class="Apple-style-span" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 1px; -webkit-border-vertical-spacing: 1px; "><div style="text-align: justify; ">As baixezas contra Chico Buarque em função do Jabuti são o caso recente mais emblemático do modo de agir dessa tropa do ressentimento fantasiada de exército da salvação da moral e dos bons costumes.</div></span></span>Nelson Marqueshttp://www.blogger.com/profile/14703532466359023205noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1375657720468465386.post-2029224740166764802011-03-11T11:07:00.000-08:002011-06-27T18:41:43.032-07:00Costa Gavras e a complexidade humana.<a href="http://2.bp.blogspot.com/-7Q4MR2Dp3GU/TXp1evsfJ2I/AAAAAAAAABw/ZgMRF0QAJAs/s1600/musicbox.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 160px; height: 242px;" src="http://2.bp.blogspot.com/-7Q4MR2Dp3GU/TXp1evsfJ2I/AAAAAAAAABw/ZgMRF0QAJAs/s320/musicbox.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5582903859138733922" /></a><br /><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;line-height: 150%; "><b><span class="Apple-style-span"><span style="line-height: 150%; ">Infelizmente não conheço toda obra do cineasta grego </span><span class="Apple-style-span" style="line-height: 19px; ">Κώστας Γαβράς</span>.<span> </span><i>Missing </i>(1982) foi minha primeira experiência e confesso que à época o que mais me chamou a atenção foram as interpretações viscerais de Jack Lemmon e Sissy Spacek. Estava começando a fazer teatro e pensei como seria incrível alcançar aquele nível de interpretação. De lá para cá assisti a mais alguns (aliás, preciso rever todos eles): <i>Atraiçoados</i> (1988), <i>Music Box</i> (1989), <i>O quarto poder</i> (1997) e, mais recentemente, <i>Amém</i> (2002) e <i>O corte</i> (2005). Ou seja, ainda não vi o mais famoso <i>Z </i>(1968) e aquela é considerada sua obra-prima: <i>Seção Especial de Justiça</i> (1975). <span> </span>Bom, estejam certos, farei sessões extras para botar tal filmografia em dia, afinal de contas, acabei de comprovar o impacto que <i>Music Box</i> causa em seu espectador.</span></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;line-height: 150%; "><span style="line-height: 150%; "><b>Imaginemos uma vida tranqüila: filha, pai, irmão, neto... Uma carreira bem sucedida e a paz do chamado “sonho americano”. É assim que a família da advogada criminalista Ann Talbot inicia a narrativa de Gavras. Tudo muito correto até o pai de Ann receber uma intimação do governo acusando-o de ser um ex-criminoso de guerra, um ex-torturador sádico que tirou a vida de muitos em uma Hungria recém saída da 2ª Guerra Mundial. Daí por diante o espectador vai começar a juntar as próprias provas – palavras, frases, gestos... Tudo servirá para que aos poucos entendamos o que realmente está por trás de tais acusações.<o:p></o:p></b></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;line-height: 150%; "><span style="line-height: 150%; "><b>O filme (ao que parece) acabou de ser relançado em DVD. Infelizmente sem alarde, sem nenhum tipo de apelo comercial. Há tempos vinha procurando uma cópia, pois sempre quis tê-lo em minha coleção. <span class="Apple-style-span" style="line-height: 19px; ">Konstantinos Gavras</span> não é um cineasta simplificador, pelo contrário, suas tramas sempre pedem para que saíamos do óbvio, que mergulhemos para além da superfície. Com essa pequena jóia não é diferente. O que aparentemente é uma simples confusão (ou uma armação comunista como muitas vezes é dito no tribunal) vai aos poucos se tornando um tratado sobre a eterna complexidade humana. O que impressiona é sabermos que o mesmo ser humano que estupra e mata com requintes de perversidade, é o mesmo ser humano que constitui uma família, provendo-a e amando-a. Somos capazes de forjar uma mentira com tanta veracidade, que a própria verdade se torna irrelevante e sem sentido. Será?<o:p></o:p></b></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;line-height: 150%; "><b><span class="Apple-style-span"><span style="line-height: 150%; ">Ann Talbot é interpretada com maestria e sutileza por Jessica Lange e seu pai – Michael Laszlo - pelo brilhante </span><span class="apple-style-span"><span style="line-height: 150%; ">Armin Mueller-Stahl</span>. A relação pai e filha é desenhada pelos dois de maneira tão humanamente dolorosa que o diálogo final se torna paradoxalmente desumano. </span><span class="apple-style-span"><span style="line-height: 150%; ">O filme prova de forma insigne que não podemos dizer que conhecemos alguém realmente, nem mesmo as pessoas com quem convivemos a vida inteira.</span></span><span class="apple-style-span"><span style="line-height: 150%; "><o:p></o:p></span></span></span></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;line-height: 150%; "><span class="apple-style-span"><span style="line-height: 150%; "><b><span class="Apple-style-span">Recomendo o filme pela inteligência, pela coragem e porque o mal nem sempre está apenas nos lares desestruturados ou nas famílias de baixa renda. O mal e o bem estão em todos os lugares, em todas as pessoas, quer acreditemos nisso ou não. </span></b><span class="Apple-style-span" style="font-size: 12pt; color: black; "><o:p></o:p></span></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;line-height: 150%; "><span class="apple-style-span"><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Bookman Old Style","serif"; mso-bidi-font-family:Arial;color:black"><span style="mso-spacerun:yes"> </span></span></span><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Bookman Old Style","serif""><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;line-height: 150%; "><span style="font-size:12.0pt; line-height:150%;font-family:"Bookman Old Style","serif""><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;line-height: 150%; "><span style="font-size:12.0pt; line-height:150%;font-family:"Bookman Old Style","serif""><o:p> </o:p></span></p>Nelson Marqueshttp://www.blogger.com/profile/14703532466359023205noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1375657720468465386.post-49336092300212726122010-07-09T14:37:00.000-07:002012-11-18T16:09:18.302-08:00Retomando...<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: -webkit-xxx-large;"><b></b></span></div>
<b></b><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 18pt; margin-bottom: 7.2pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<b><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'lucida grande';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: -webkit-xxx-large;"></span></span></b></div>
<b><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'lucida grande';"><div class="MsoNormal" style="line-height: 18.0pt; margin-bottom: 7.2pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-indent: 0cm;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Bookman Old Style', serif;"><span class="Apple-style-span" style="color: white; font-size: -webkit-xxx-large;"></span></span></div>
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Bookman Old Style', serif;"><div class="MsoNormal" style="line-height: 18pt; margin-bottom: 7.2pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="color: white;"><span style="font-size: 12pt;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'lucida grande';"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;">Dias, meses depois... aqui estou eu. A distância não é porque desejo ficar longe das palavras. A distância é porque às vezes fujo das palavras. Não sei bem se fujo ou se não sei como exatamente lidar com elas. Relendo a última postagem vejo o quanto estava feliz nela, o quanto a vida parecia ganhar uma espécie de novo significado (sabe-se lá o que isso quer dizer). O fato é que continuo andando para frente, 2010 realmente começou mais ou menos na tal última postagem, isto é, os resíduos de 2009 foram (finalmente) deixados em 2009!</span></span></span><span style="font-size: 12pt;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'lucida grande';"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><o:p></o:p></span></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 18pt; margin-bottom: 7.2pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="color: white;"><span style="font-size: 12pt;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'lucida grande';"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;">Tenho trabalhado como um louco e minha já conhecida desorganização ajuda a vida ficar mais complicada. Demorei um pouco a pegar o novo ritmo de Rio das Ostras (agora são 18 tempos semanais), mas depois de alguns ajustes, de conversar com uma equipe que realmente admira meu trabalho e aposta em mim, tudo entrou nos eixos. A novidade é minha estréia no oitavo ano. Que diferença. Acho curioso como os meninos encaram o meu jeito independente de ministrar as aulas. Ser chamado de “tio” nessa altura do campeonato é no mínimo surreal. Porém, cá estamos nós (eu e eles) aprendendo muito e cada vez mais quero estruturar nossa relação, pois a matéria dada nesse período repercute (e muito) no Ensino Médio e nos concursos.</span></span></span><span style="font-size: 12pt;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'lucida grande';"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><o:p></o:p></span></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 18pt; margin-bottom: 7.2pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="color: white;"><span style="font-size: 12pt;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'lucida grande';"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;">Uma fantástica notícia é minha volta aos circuitos do Artplex. Como amo ir lá, me deliciar com o café, ficar batendo perna na livraria, comprar livros, bater papo com um eventual conhecido e, obviamente, me perder no enredo de algum filme. </span></span><i><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'lucida grande';"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;">Avatar, Guerra ao Terror, Alice no País das Maravilhas, Homem de Ferro II, Robin Hood, Sonhos Roubados, Cartas para Julieta</span></span></i><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'lucida grande';"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"> etc etc. Grande retorno, afinal de contas, 2009 foi um ano mais de DVDs.</span></span></span><span style="font-size: 12pt;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'lucida grande';"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><o:p></o:p></span></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 18pt; margin-bottom: 7.2pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="color: white;"><span style="font-size: 12pt;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'lucida grande';"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;">Coração? Ele existe (ou seria resiste? rs) e vai bem obrigado. Aliás, cada vez melhor, cada vez mais intenso e mais apaixonado, até porque, “românticos são lindos e pirados; choram com baladas e amam sem vergonha e sem juízo...” Pois é, cá estou eu, trabalhando, criando, estudando e reinventando meu coração.</span></span></span><span style="font-size: 12pt;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'lucida grande';"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><o:p></o:p></span></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 18pt; margin-bottom: 7.2pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="color: white;"><span style="font-size: 12pt;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'lucida grande';"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;">Acho que o real motivo que me trouxe de volta às postagens foi a situação delicada em que meu pai se encontra. Desde a semana passada ele vem inspirando cuidados especiais e na última terça foi internado lá no PS da Santa de Casa de Santos. Desde 2004 venho lutando com esse fantasma da perda paterna. Desde 2004 venho buscando estar sempre centrado em relação ao meu novo papel familiar: o de pai dos meus pais. Acho que apesar dos pesares, venho conseguindo lidar com as dificuldades (e olha que são inúmeras) e dar um pouco de dignidade à vida daquelas duas figuras raras e especiais. Revelações, surpresas aos 45 do segundo tempo... E este ser que vos escreve tentando se equilibrar nessa frágil linha chamada vida.</span></span></span><span style="font-size: 12pt;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'lucida grande';"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><o:p></o:p></span></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 18pt; margin-bottom: 7.2pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: 12pt;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'lucida grande';"><span class="Apple-style-span" style="color: white; font-weight: normal;">Bom, a retomada foi feita, agora vou corrigir os possíveis erros de digitação, escutar um pouco de música e tomar uma boa taça de vinho porque eu MEREÇO!!!</span></span></span><span style="color: black; font-size: 12pt;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'lucida grande';"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt;"><o:p><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'lucida grande';"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"> </span></span></o:p></span></div>
</span> <div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "; font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></div>
</span> <div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "; font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></div>
</b>Nelson Marqueshttp://www.blogger.com/profile/14703532466359023205noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1375657720468465386.post-89924939686770694252010-01-15T16:24:00.000-08:002012-11-18T16:10:57.114-08:00smile<span class="Apple-style-span" style="color: #444433; font-family: Verdana;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"></span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><span style="color: #f3f3f3; font-family: ";">Como explicar uma atração que parece surgir do nada e caminhar para o tudo? Tudo bem, certas coisas não são para serem explicadas, mas é sempre muito curioso como os caminhos da gente às vezes parecem não seguir nenhuma cartilha. Pessoas se divertem, pessoas planejam, pessoas amam...<o:p></o:p></span></span></span></div>
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><span style="color: #f3f3f3;"> </span><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #f3f3f3; font-family: ";">Há muito tempo não me sentia tão bem, tranqüilo. Minhas férias estão deliciosamente boas e o que é melhor: nem precisei sair do Rio. A cidade está parecendo assim só para mim, com um sol lindo que brilha, gotas da chuva que limpam e renovam. O azul do céu nunca foi tão azul, o verde dos meus olhos me leva a perceber situações até então não percebidas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #f3f3f3; font-family: ";">Cada música ouvida, cada palavra dita, cada gesto sentido me fazem redescobrir o meu próprio eu e minha força; força essa que sempre resistiu bem as tempestades.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #f3f3f3;"><span style="font-family: ";">Porém, o mais importante de todas as revelações surgidas calmamente; delicadamente... é saber que meu coração sabe enxergar a realidade sem fantasiá-la (</span><span style="font-family: ";"><i>quer dizer, uma pitadinha de fantasia se faz necessário</i></span><span style="font-family: ";">). Meu coração aprendeu a caminhar sentindo desejo e sem perder o foco das minhas prioridades.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #f3f3f3; font-family: ";">O fato é que não há mais espaço para menos, só há espaço para mais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #f3f3f3; font-family: ";">O fato é que os sonhos são bons porque eles fortalecem a realidade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #f3f3f3; font-family: ";">O fato é que a vida é bela porque eu aprendi a valorizar beleza da minha alma.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #f3f3f3;"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-USfont-family:";">Mais...sonhos...vida... </span><i><span lang="EN-US" style="font-family: "Tempus Sans ITC"; mso-ansi-language: EN-USfont-family:Tahoma; mso-thememso-themetint: 153; text-shadow: auto;"><b>Smile though your heart is aching </b><b><o:p></o:p></b></span></i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span lang="EN-US" style="color: #f3f3f3; font-family: "Tempus Sans ITC"; mso-ansi-language: EN-USfont-family:Tahoma; mso-bidi-mso-thememso-themetint: 153; text-shadow: auto;"><b>Smile even though it´s breaking </b><b><o:p></o:p></b></span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span lang="EN-US" style="color: #f3f3f3; font-family: "Tempus Sans ITC"; mso-ansi-language: EN-USfont-family:Tahoma; mso-bidi-mso-thememso-themetint: 153; text-shadow: auto;"><b>When there are clouds in the sky</b><b><o:p></o:p></b></span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span lang="EN-US" style="font-family: "Tempus Sans ITC";"><b><span class="Apple-style-span" style="color: #f3f3f3;">Smile and maybe tomorrow you´ll see the sun come shining through for you</span></b><span style="color: #444433;"><o:p></o:p></span></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #444433;">
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-USfont-family:";"><o:p> </o:p></span></div>
</span></span>Nelson Marqueshttp://www.blogger.com/profile/14703532466359023205noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1375657720468465386.post-31847436988000714852010-01-13T17:12:00.000-08:002012-11-18T16:11:59.017-08:00a simple thing...<div style="font-family: georgia; text-align: center;">
<span style="color: white;"><span style="font-size: 100%;">We kiss in a shadow</span><span style="font-size: 100%;"> We hide from the moon</span><span style="font-size: 100%;"> Our meetings are few</span><span style="font-size: 100%;"> And over too soon.</span><span style="font-size: 100%;"><br /></span><span style="font-size: 100%;"> I have dreamed</span><span style="font-size: 100%;"> That your arms</span><span style="font-size: 100%;"> Are lovely...</span><span style="font-size: 100%;"> I have dreamed</span><span style="font-size: 100%;"> What a joy you'll be...</span><span style="font-size: 100%;"> I have dreamed</span><span style="font-size: 100%;"> Every word you whisper</span><span style="font-size: 100%;"><br /></span><span style="font-size: 100%;"> We speak in a whisper</span><span style="font-size: 100%;"> When you're close</span><span style="font-size: 100%;"> Close to me.</span><span style="font-size: 100%;"><br /></span><span style="font-size: 100%;"> Afraid to be heard...</span><span style="font-size: 100%;"> Alone in our secret</span><span style="font-size: 100%;"> Together we sigh</span><span style="font-size: 100%;"> For one smiling day</span><span style="font-size: 100%;"> To be free...</span><span style="font-size: 100%;"><br /></span><span style="font-size: 100%;"> How you look</span></span><span style="font-size: 100%;"><span style="color: white;"> In the glow of evening</span></span><span style="color: #000099; font-size: 100%;"><br /></span><span style="color: white;"><span style="font-size: 100%;"> To kiss in the sunlight</span><span style="font-size: 100%;"><br /></span><span style="font-size: 100%;"> I have dreamed</span><span style="font-size: 100%;"> And enjoyed the view</span><span style="font-size: 100%;"><br /></span><span style="font-size: 100%;"> And say to the sky</span></span></div>
Nelson Marqueshttp://www.blogger.com/profile/14703532466359023205noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1375657720468465386.post-84413616424604474872009-12-25T04:52:00.000-08:002012-11-18T16:15:24.362-08:00VIVA 2009!!! PORÉM, VIVA MAIS AINDA 2010!!!!!!<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: white;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'lucida grande';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Dia de Natal!!! Final do ano; tempo para o maior de todos os clichês do ano: o balanço geral!</span></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'lucida grande';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: white;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'lucida grande';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">2009? Bom, 2009 foi atípico, há alguns anos um ano não trazia tantas mudanças; ele me exigiu uma nova postura diante da minha própria vida e das minhas escolhas. Gostei muito! Confesso que teve um momento em que não via a hora dele ir embora e eu finalmente poder dizer: “Passou!” Mas agora, com ele quase indo embora de vez, vejo que não há necessidade nenhuma de “expulsá-lo” como algo ruim. Tá, exaustivo, sim, ruim? Nunca!</span></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'lucida grande';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: white;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'lucida grande';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Bom, o ano iniciou de forma linda, afinal de contas, foi em janeiro que reencontrei Glauce Leandres. Caramba, tanto tempo sem nos vermos e de repente estávamos ali, sentados naquela mesa de boteco, rindo muito e percebendo que não há distância no mundo que nos afaste. A dupla iria se reunir em várias ocasiões durante o ano: dançando em lugares para lá de hilários, São Paulo, Madureira, Terê... Ufa, eu e Glau soubemos aproveitar bem!!!</span></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'lucida grande';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: white;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'lucida grande';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Fevereiro trouxe o novo trabalho em Rio das Ostras e o fim de uma história de 10 anos. Trabalhar com novos alunos, novos profissionais era algo há tempos almejado por mim. No início foi complicado encarar aquelas turmas gigantescas, mentalidades bem distintas daquelas que já estava acostumado no Rio. Porém, o ano foi correndo e eu confirmando que adoro um bom desafio. Aos pouquinhos fui percebendo o que precisava fazer e para minha felicidade o segundo semestre trouxe um grupo mais coeso, com mais vontade de parceria.</span></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'lucida grande';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: white;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'lucida grande';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">O mês dois me confidenciou que era hora de caminhar sem ninguém ao lado. Pensei em fingir não ouvi-lo e durante algum tempo fui empurrando e me sujeitando a situações inapropriadas para alguém com minha força e inteligência. Só para lembrar: essa dupla já havia me sugerido antes que era hora de partir. Pois é, pode ter demorado um tempinho, mas... voltei a caminhar de maneira plena, isto é, saindo da farsa, da não verdade; seguindo o meu próprio caminho e redescobrindo o prazer de não viver fingindo aquilo que não se é.</span></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'lucida grande';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: white;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'lucida grande';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Março já antecipava a confusão do mês seguinte. Redescobrindo a minha casa, fui tropeçando em alguns pontos que julgava eu compreensíveis.</span></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'lucida grande';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: white;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'lucida grande';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Abril quase me enlouqueceu. A ajuda veio daquela que se confirmou como parte integrante da minha vida: Adriane! Pois é, a dona da casa de repouso onde meu pai tem um tratamento impecável, me estendeu a mão e me fez definitivamente perceber que apesar da mediocridade geral, ainda existe gente que tem vontade de praticar o bem, gente que é solidária justamente porque sabe ser gente.</span></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'lucida grande';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: white;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'lucida grande';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Maio & Junho... tentaram me colocar para baixo, tentaram me fazer andar para trás... Porém, eu e Glau fomos a São Paulo e aproveitamos cada momento na metrópole louca e encantadora. Museu da Língua Portuguesa, Pinacoteca, pizza e vinho no Bexiga, avenida Paulista com todo seu poder... Andar para trás? Desculpa, não tenho tempo para isso.</span></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'lucida grande';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: white;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'lucida grande';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Julho e a pequena pausa do trabalho escolar. Santos e a confirmação de que agi de maneira certa, tudo sob controle e a felicidade de reencontrar a grande amiga Cleo Amorim. De lá direto para Barbacena. Uma semana deliciosa com uma amiga importante, definitiva. Passeio por Tiradentes, São João Del Rey e a sensação de que a vida realmente é deliciosa.</span></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'lucida grande';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: white;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'lucida grande';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Agosto veio com a gripe suína. Tudo parado e uma sensação de pânico instaurada no ar. Recomeçamos com atraso, contudo recomeçamos; aos poucos a vida foi voltando ao normal e pudemos, enfim, continuar os trabalhos.</span></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'lucida grande';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: white;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'lucida grande';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Setembro... Ah, setembro! Aqui definitivamente posso dizer que passei a encarar minha própria vida sem interferências externas. Não que elas não tentaram dar o ar da graça, no entanto, quem disse que houve tempo para dar atenção a elas?</span></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'lucida grande';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: white;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'lucida grande';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Outubro e a aproximação da reta final. Eu cada vez mais apaixonado pelo meu trabalho, a felicidade de me perceber dentro de uma equipe profissional simplesmente nota 1000!! Nunca me senti tão pleno e tão cheio de perspectivas na minha vida docente. Notícia maravilhosa do mês: Tobias voltou!!!!!!!!!!!!!!!!!! Meu fiel escudeiro voltou e trouxe de volta minha alegria. Parceria intensa e verdadeira, meu amigo de quatro patas restabeleceu a ordem necessária em minha vida.</span></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'lucida grande';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: white;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'lucida grande';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Novembro vai ser resumido como o mês das novas possibilidades. Foi bom ter me dado algumas oportunidades. Caminhos novos surgiram e apenas me confirmaram o que verdadeiros amigos já haviam me dito: não há possibilidade de me sujeitar aquilo que não me valoriza ou não me faz crescer. Sou aquele que na matemática insiste em querer paradoxalmente dividir visando o somar e o multiplicar, se é para entrar na minha vida para me fazer subtrair (aliás, a palavra aqui serve como metáfora de muitas outras situações), por favor, não entre! Até porque se entrar, vou pedir para sair.</span></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'lucida grande';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: white;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'lucida grande';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Dezembro e a óbvia constatação: ninguém morre de amor! Amor é alimento da alma, do coração, se ele começar a querer apenas tirar, sugar... não é amor! È dependência, carência, insegurança, medo... Amor? Não, tenha certeza, não é!</span></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'lucida grande';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'lucida grande';"><span class="Apple-style-span" style="color: white; font-size: large;">Novos caminhos começam a aparecer no horizonte, expectativas e desafios despertam a minha necessidade de seguir em frente e acreditar piamente em mim. O meu profissional está com todo o gás do mundo e começo agora a reunir forças para focar o tão aguardado Doutorado. Enquanto isso reforço a crença na minha capacidade e, naturalmente, na minha doce utopia de estabelecer uma parceria baseada em respeito e inspirada pelos deuses da construção mútua</span></span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #0070c0; font-family: ";"><o:p> </o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #0070c0;"><o:p> </o:p></span></b></div>
Nelson Marqueshttp://www.blogger.com/profile/14703532466359023205noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1375657720468465386.post-45951712846067960122009-11-15T15:36:00.000-08:002012-11-18T16:16:00.675-08:00Variações sobre um tema de Mozart (fragmentos), João Silvério Trevisan<div style="text-align: justify;">
<span style="color: white; font-family: lucida grande;">“Acho que tá na hora.</span><br />
<span style="color: white;"><br /></span>
<span style="color: white; font-family: lucida grande;">A gente sabia que ia ser duro. Sabia não sabia?</span><br />
<span style="color: white;"><br /></span>
<span style="color: white; font-family: lucida grande;">Você sabe, essas coisas sempre têm fim. Quer dizer, o amor. Tudo um dia tem que acabar. Nem a vida é eterna, apesar de ser bom estar vivo.</span><br />
<span style="color: white;"><br /></span>
<span style="color: white; font-family: lucida grande;">Tá bom, tá bom. Com o tempo a gente vai se esquecer, é verdade. As cartas vão diminuindo, os telefonemas ficando mais curtos. Mas e daí? É assim mesmo. Você vai se arranjar sem mim. A vida continua.</span><br />
<span style="color: white;"><br /></span>
<span style="color: white; font-family: lucida grande;">Afinal, nós não somos os únicos. Todos os dias, no mundo inteiro, há milhares de histórias de amor se acabando. E outras milhares começando. Vida e morte, tudo junto. As coisas são assim mesmo.</span><br />
<span style="color: white;"><br /></span>
<span style="color: white; font-family: lucida grande;">Sou péssimo para consolar as pessoas.</span><br />
<span style="color: white;"><br /></span>
<span style="color: white; font-family: lucida grande;">Vai doer muito, eu sei. Aquelas noites em que a gente não consegue dormir, em que o corpo inteiro dói de solidão. E a gente, de noite. Geme que nem cão sem dono.</span><br />
<span style="color: white;"><br /></span>
<span style="color: white; font-family: lucida grande;">A solidão vai ficando tão imensa que chega uma hora e a gente não tem mais para onde ir. Ela toma todo o espaço, invade tudo. Dá saudade de ver aquela praça, tomar aquele sorvete, ouvir... Qualquer coisa dói de solidão. E a gente fica com a impressão de que o mundo vai encolhendo. Que o nosso espaço é esse quarto, porque isto aqui acaba sendo tudo o que sobrou. Então vem aquele sufoco, de tão apertado é o espaço que sobrou.</span><br />
<span style="color: white;"><br /></span>
<span style="color: white; font-family: lucida grande;">É bom você estar preparado. Estar preparado para quando chegar aquela noite desgraçada, fria, molhada e mais escura do que todas as outras. É quando a gente implora por um pequeno carinho.</span><br />
<span style="color: white;"><br /></span>
<span style="color: white; font-family: lucida grande;">Por um longo tempo pensou na solene e melancólica clarineta de Mozart, no amor deles, na saudade.</span><br />
<span style="color: white;"><br /></span>
<span style="color: white; font-family: lucida grande;">Ouviu ruídos que lhe pareciam longínquos.</span><br />
<span style="color: white;"><br /></span>
<span style="color: white; font-family: lucida grande;">Passos que se afastavam.</span><br />
<span style="color: white;"><br /></span>
<span style="color: white; font-family: lucida grande;">Uma porta se fechando.</span><br />
<span style="color: white;"><br /></span>
<span style="color: white; font-family: lucida grande;">Depois outra, mais longe.</span><br />
<span style="color: white;"><br /></span>
<span style="color: white; font-family: lucida grande;">Uma chave girando.</span><br />
<span style="color: white;"><br /></span>
<span style="color: white; font-family: lucida grande;">O portão batendo.</span><br />
<span style="color: white;"><br /></span>
<span style="color: white; font-family: lucida grande;">Algo vago como um carro.</span><br />
<span style="color: white;"><br /></span>
<span style="color: white; font-family: lucida grande;">Motor distanciando-se, sumindo.</span><br />
<span style="color: white;"><br /></span>
<span style="color: white; font-family: lucida grande;">Silêncio.</span><br />
<span style="color: white;"><br /></span>
<span style="color: white;"><span style="font-family: lucida grande;">Pensou: só Deus sabe como sobrevivi. Pensou já sem lágrimas nos olhos, mas para sempre inconsolável, filho da desesperança e da dilacerante realidade que emergiu daquele momento – daquele momento em que um sonho tão bom e tão raro como o amor - se acaba.</span>"</span><br />
<span style="color: white;"><br /></span>
<span style="color: white;"><br /></span>
<span style="color: white; font-family: lucida grande;">Mozart, Concerto para clarineta 2º movimento</span><br />
<span style="color: white;"><br /></span>
<span style="color: white; font-family: lucida grande;">http://www.youtube.com/watch?v=BxgmorK61YQ</span></div>
Nelson Marqueshttp://www.blogger.com/profile/14703532466359023205noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1375657720468465386.post-87921541187822417902009-08-30T08:32:00.000-07:002009-09-13T06:47:07.998-07:00Dois dias comigo mesmo...<a href="http://3.bp.blogspot.com/_sMjA_ttacSE/SpqdzhYw-PI/AAAAAAAAABY/mF4a5lf647E/s1600-h/katyn.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 236px; FLOAT: left; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5375782613681240306" border="0" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/_sMjA_ttacSE/SpqdzhYw-PI/AAAAAAAAABY/mF4a5lf647E/s320/katyn.jpg" /></a><br /><div align="justify"><br />O final de semana foi calmo e de arrumações aqui em casa. Alguns objetos ganharam uma nova colocação e a voz da Nina Simone deu o tom no ambiente e na deliciosa pasta preparada especialmente por (e para) mim. Juntem-se a isso um bom um vinho e um telefonema inesperado e o resultado é a tranqüilidade e paz há algum tempo almejada.<br />Passei na locadora e procurei por dois filmes que me fizessem dar uma pensada em algo além da minha própria vida: <em><span style="color:#ff0000;">Katyn</span></em> e <em><span style="color:#cc0000;">Foi Apenas um Sonho</span></em> foram os escolhidos. O segundo eu ainda não vi, já o primeiro trouxe à tona mais uma vez a estupidez humana e me fez retomar minha descrença nesse mundo paradoxalmente belo e cruel. Engraçado que coincidiu com o pensamento do Ney Matogrosso publicado hoje na Folha de São Paulo: “<em>Eu não sou uma pessoa satisfeita com o mundo a que assisto. Acho esse mundo em que a gente vive ignóbil. Credo! Dá vergonha de ser humano. E seres humanos que se acham o ápice da criação? Puta que os pariu! Vamos ver apenas um jornal da noite para ver do que o ápice da criação é capaz.”</em><br />As palavras do cantor podiam ter sido ditas por mim após ter assistido ao filme Katyn (idem, Polônia, 2007). A película dirigida pelo sempre importante <a title="" href="http://epipoca.uol.com.br/gente_detalhes.php?idg=115807"><span style="color:#000000;">Andrzej Wajda</span></a> é de uma violência atroz. O episódio, que dá título ao filme, foi a execução de milhares de prisioneiros de guerra e que durante muito tempo foi vinculado aos alemães nazistas. Mais tarde, através de documentos recuperados, foi comprovado que o regime político da antiga União Soviética era o grande responsável pelo massacre.<br />O filme vai justamente reconstruir trajetórias de alguns envolvidos numa espécie de paralelo com as tragédias gregas. É evidente e ao mesmo tempo emocionante a aproximação feita com a lendária Tróia destruída pelos gregos. As mulheres polonesas se amalgamam de modo doloroso a Hécuba, Andrômaca, Cassandra... Magistral como a sutileza de Wajda nos mostra que os crimes de guerra não nos ensinam nada, pelo contrário, parecem apenas reforçar a irracionalidade humana. Além de As Troianas, Katyn flerta ainda com o mito de Antigona. Aqui a aproximação é bem mais explicita – tanto na história das irmãs que encaram de modos distintos a morte do irmão, quanto na cena em que o público se depara com um cartaz de uma montagem da tragédia sofocliniana.<br />O desfecho já conhecido por todos é revelado sem sutilezas, sem abreviações. <a title="" href="http://epipoca.uol.com.br/gente_detalhes.php?idg=115807"><span style="color:#000000;">Andrzej Wajda</span></a> não realizou apenas um filme sobre um episódio histórico. <a title="" href="http://epipoca.uol.com.br/gente_detalhes.php?idg=115807"><span style="color:#000000;">Ele</span></a> nos força a sermos cúmplices não só daqueles assassinatos, mas também dos massacres diários vividos por qualquer povo ignorado por seus governantes e sistematicamente dizimado por uma política de exclusão. Ou alguém acha que ignorar solenemente a miséria, a desigualdade e a impunidade não nos faz também tão absurdamente violentos e cruéis?</div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify"></div>link oficial do filme:<br /><div align="justify"><a href="http://www.katyn.netino.pl/en/">http://www.katyn.netino.pl/en/</a></div>Nelson Marqueshttp://www.blogger.com/profile/14703532466359023205noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1375657720468465386.post-32178894538869740162009-08-29T07:50:00.000-07:002009-08-29T07:53:54.566-07:00<span style="color:#009900;"><strong><span style="color:#993399;">A ponto de partir</span>, </strong></span><br /><span style="color:#009900;"><strong>já sei que nossos olhos </strong></span><br /><span style="color:#009900;"><strong>sorriam para sempre </strong></span><br /><span style="color:#009900;"><strong>na distância. </strong></span><br /><span style="color:#009900;"><strong>Parece pouco? </strong></span><br /><span style="color:#009900;"><strong>Chão de sal grosso, e ouro que se racha. </strong></span><br /><span style="color:#009900;"><strong>A ponto de partir, já sei que nossos olhos sorriem na distância. </strong></span><br /><span style="color:#009900;"><strong>Lentes escuríssimas sob os pilotis.</strong></span><br /><strong><span style="color:#009900;"></span></strong><br /><span style="color:#333333;">Ana Cristina Cesar</span>Nelson Marqueshttp://www.blogger.com/profile/14703532466359023205noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1375657720468465386.post-88905657773987018212009-08-07T07:38:00.000-07:002009-09-15T15:26:18.220-07:00SAINDO INTEIRO E CONTINUANDO A ENFRENTAR OS DESAFIOS NOSSOS DE CADA DIA!<div style="TEXT-ALIGN: justify">Parafraseando o poeta: "a vida não para"! Pois é, e se ela não para por que eu iria me dar esse desprazer de parar? Reencontrei uma velha amiga que sem saber me colocou mais em contato com uma nova amiga. A velha amiga é uma pessoa doce, inteligente e cheia de talentos. A nova amiga é praticamente uma alma gêmea. Já choramos juntos, rimos juntos, bebemos juntos. Viajamos juntos.</div><div style="TEXT-ALIGN: justify">Na última quarta a velha amiga me deu um livro de presente. Livro que ela publicou há pouco tempo e que é de uma delicadeza inenarrável. A cada passagem, a cada pensamento, meus olhos iam enchendo de lágrimas e meu coração pensava: "como é bom ser poeta!"</div><div style="TEXT-ALIGN: justify">Guardem bem esse nome: Tathiana Treuffar! Esse é o nome da velha amiga que vem buscando seu espaço e que meus alunos brevemente irão descobrir. Porque como educador sei que precisamos conhecer tanto os chamados cânones quanto o novo pessoal que está dando a cara a tapa.</div><div style="TEXT-ALIGN: justify">Publico aqui um dos poemas que levaram-me diretamente a minha própria alma e a minha nova amiga; um poema que nos faz lembar que o outro é importante, sim. Mas o "eu" está e estará sempre à frente, afinal de contas, sem o "eu" como poderemos ser "nós"?</div><div style="TEXT-ALIGN: justify">Ah, o nome da nova amiga? Bom, ela sabe que estou dialogando com ela! Te amo!</div><br /><br /><i><span class="Apple-style-span" style="font-family:'trebuchet ms';"><span class="Apple-style-span" style="color:#666666;">Hoje quero cuidar de mim</span></span></i><br /><br /><br /><p class="MsoNormal"><span style="COLOR: rgb(255,0,0)" class="Apple-style-span">Hoje quero cuidar de mim</span></p><p class="MsoNormal"></p><p class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="color:#ff0000;">Arrumar meus cabelos</span></p><p class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="color:#ff0000;">Minha imagem no espelho</span></p><p class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="color:#ff0000;">Passar batom nas minhas fantasias</span></p><p style="LINE-HEIGHT: 115%" class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="color:#ff0000;">Lavar minha alma com banho de cheiro</span></p><p style="LINE-HEIGHT: 115%; TEXT-INDENT: 35.4pt; MARGIN-LEFT: 15.65pt" class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="color:#ff0000;">Hoje quero fazer uma faxina interna</span></p><p class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="color:#ff0000;">Jogar fora o que estanca meu sangue</span></p><p class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="color:#ff0000;">Podar as colméias do meu jardim</span></p><p style="LINE-HEIGHT: 115%" class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="color:#ff0000;">Nutrir meus girassóis com beija-flores</span></p><p style="LINE-HEIGHT: 115%; TEXT-INDENT: 35.4pt; MARGIN-LEFT: 15.65pt" class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="color:#ff0000;">Hoje vou botar roupa nova</span></p><p class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="color:#ff0000;">Desfazer aquela mala guardada</span></p><p style="LINE-HEIGHT: 115%" class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="color:#ff0000;">Abrir presentes antigos sem lamentos</span></p><p style="LINE-HEIGHT: 115%; TEXT-INDENT: 35.4pt; MARGIN-LEFT: 15.65pt" class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="color:#ff0000;">Hoje me quero tão linda</span></p><p class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="color:#ff0000;">Quanto me sonho</span></p><p class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="color:#ff0000;">E na festa que me produzo</span></p><p class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="color:#ff0000;">Só será permitida a reza</span></p><p style="LINE-HEIGHT: 115%" class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="color:#ff0000;">Boa de uma intensa fé em mim</span></p><p style="LINE-HEIGHT: 115%; TEXT-INDENT: 35.4pt; MARGIN-LEFT: 15.65pt" class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="color:#ff0000;">Hoje quero esse estado sempre</span></p><p style="LINE-HEIGHT: 115%" class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="color:#ff0000;">Hoje sendo hoje, e amanhã também</span></p><p style="LINE-HEIGHT: 115%; TEXT-INDENT: 35.4pt; MARGIN-LEFT: 15.65pt" class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="color:#ff0000;">Hoje deixo o ontem como parte</span></p><p class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="color:#ff0000;">Do que sou:</span></p><p style="LINE-HEIGHT: 115%" class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="color:#ff0000;">Presente puro que já me pertence</span></p><p style="LINE-HEIGHT: 115%; TEXT-INDENT: 35.4pt; MARGIN-LEFT: 15.65pt" class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="color:#ff0000;">Hoje quero a centelha que me movimenta</span></p><p style="LINE-HEIGHT: 115%" class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="color:#ff0000;">A acordar todos os dias com sede de sóis e luas</span></p><p style="LINE-HEIGHT: 115%; TEXT-INDENT: 35.4pt; MARGIN-LEFT: 15.65pt" class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="color:#ff0000;">Hoje eu me darei este presente</span></p><p class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="color:#ff0000;">Presente este que me quero sempre.</span></p><p></p>Nelson Marqueshttp://www.blogger.com/profile/14703532466359023205noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1375657720468465386.post-52448440576557740112009-07-06T18:16:00.000-07:002009-08-07T10:28:45.637-07:00sonhos...<div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;color:#006600;">nada está sendo fácil nesse período que insiste em ser tumultuado. tudo parece desembocar em algo mais confuso e menos equilibrado. a vida insiste em seguir e eu tento acompanhá-la. não quero perder o trem; não desejo ficar para trás. um dia me trocaram e fui buscar sozinho aquilo que não me deixaram buscar acompanhado. horas, dias, semanas, meses, anos... um segundo. menino... sozinho... corajoso... medroso... vivo... sempre. um dia não me disseram como seria. um dia esqueceram de me ajudar no entendimento da palavra separação. sou obstinado (ou quero ser). em alguma curva me prometi que a vida devia ser do jeito que é: estranha, linda, triste, bela, só... minha.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;color:#006600;">tentando a gente vai seguindo.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;color:#006600;">seguindo a gente vai buscando</span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;color:#006600;">buscando a gente vai sonhando</span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;color:#006600;">sonhando a gente sorrindo</span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;color:#006600;">sorrindo a gente vai chorando</span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;color:#006600;">até porque, como bem profetizou Guimarães: <span style="color:#ff0000;"><em>"qualquer amor já é um pouquinho de saúde, um descanso na loucura"<span class="Apple-style-span" style="color:#33CC00;">.</span> </em></span>Mesmo que seja só o seu próprio amor... Ainda bem que você tem o seu próprio amor.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;color:#006600;"></span></div>Nelson Marqueshttp://www.blogger.com/profile/14703532466359023205noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1375657720468465386.post-51714841802720681812009-05-26T16:28:00.000-07:002009-06-20T09:04:32.746-07:00cenas de um casamento... cenas de uma vida...<p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="Apple-style-span" style="font-size:48px;"></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="Apple-style-span" style=" line-height: 72px;font-size:48px;"></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="line-height:150%;Baskerville Old Face","serif"; letter-spacing:1.0ptfont-family:";font-size:14.0pt;">Acabei de assistir a um debate furioso sobre as relações humanas intitulado: <i style="mso-bidi-font-style: normal">“Cenas de um casamento”. </i>Filme-documentário ou documentário-filme? Sei lá, aliás, não tem importância nenhuma rotular intenso diálogo sobre as venturas e desventuras de se viver junto a alguém.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="line-height:150%;Baskerville Old Face","serif"; letter-spacing:1.0ptfont-family:";font-size:14.0pt;"><span style="mso-tab-count:1"> </span>Várias coisas me impressionaram ao longo dos 299 minutos de filme: a força das interpretações, a magnitude dos diálogos, a agressividade necessária dos close-ups etc. Mas o que me impressionou mesmo foi saber que o este filme foi produzido e exibido na TV sueca no início dos anos 70! Como assim? A televisão sueca há mais de trinta anos exibia algo tão sofisticado em termos de discussão sobre o ser humano e aqui no Brasil insistimos na produção de bobagens como as telenovelas? Ok, comparações deste tipo não são válidas, eu sei, são culturas diferentes, propostas diferentes etc etc.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="line-height:150%;Baskerville Old Face","serif"; letter-spacing:1.0ptfont-family:";font-size:14.0pt;"><span style="mso-tab-count:1"> </span>Bom, detalhes a parte, vamos dar uma olhada nas cenas daquele casamento de 1973. Dividido em seis partes, o filme começa com uma significativa entrevista do casal a uma revista feminina. Já aí percebemos todas aquelas fragilidades típicas de uma aparente perfeição. Mais tarde, no jantar, um casal de amigos resolve lavar a roupa suja e o “casal perfeito” apenas assiste perplexo aquilo que pouco tempo depois ele mesmo irá protagonizar. Foi dada a largada: Marianne e Johan iniciarão uma viagem sem volta às profundezas de seus recalques, angústias e inseguranças.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="line-height:150%;Baskerville Old Face","serif"; letter-spacing:1.0ptfont-family:";font-size:14.0pt;"><span style="mso-tab-count:1"> </span>São muitos os momentos fortes do filme, mas o episódio <i style="mso-bidi-font-style:normal">Analfabetos</i> <span style="mso-spacerun:yes"> </span>é, em minha opinião, aquele que mais deixa a mostra a total inconstância e irracionalidade vivida por pessoas ditas saudáveis e inteligentes. Em um ápice Johan chega a dizer para Marianne: <i style="mso-bidi-font-style:normal">“Meu Deus, como eu te odeio. Eu pensava isso com frequência. Principalmente quando fazíamos amor e eu sentia a sua indiferença. E quando eu via você, nua no bidê, limpando aquela porcaria que eu depositava em você. Eu pensava: odeio o corpo dela, o jeito que ela se mexe. Eu devia ter te espancado. Mas nós escapávamos, falávamos sobre como nos dávamos bem.” </i>E, em outro momento, ela também acaba confessando: <i style="mso-bidi-font-style:normal">“Quantas vezes devo repetir que o que sinto por você é pena? Sabe o que eu acho? Você é muito ingênuo. Você acha que eu cheguei até aqui, comecei uma vida nova, pela qual agradeço todos os dias, para jogá-la fora e salvar você da sua miséria? Se eu não te achasse tão deplorável, riria na sua cara. Se você soubesse quantas vezes sonhei que matava você, esfaqueava você, matava você de pancada.”</i><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="line-height:150%;Baskerville Old Face","serif"; letter-spacing:1.0ptfont-family:";font-size:14.0pt;"><span style="mso-tab-count:1"> </span>É tão doloroso acompanhar essa degradação dos personagens como é doloroso perceber que quase sempre somos covardes e nos recusamos a enfrentar nossos próprios demônios. O que vejo é uma discussão que não está nem um pouco ultrapassada, aliás, os casais hoje em dia parecem viver numa espécie de retrocesso, isto é, vamos de novo apenas ficando na superfície, fingindo que nos damos bem. São poucas as pessoas que têm a coragem de falar e agir, são muito poucas as pessoas que se permitem buscar algum tipo de originalidade e realização fora dos pseudo-manuais de “boa convivência”. As cenas daquele casamento de 1973 nos mostram o quanto a maioria prefere viver de aparência, se equilibrando em frágeis linhas que mais cedo ou mais tarde não aguentarão o peso de tanta hipocrisia. O final do filme é aparentemente tranqüilo, ligeiramente melancólico e, por que não dizer, ridiculamente patético? <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="line-height:150%;Baskerville Old Face","serif"; letter-spacing:1.0ptfont-family:";font-size:14.0pt;"><span style="mso-tab-count:1"> </span>Porém, aquele casal se enfrentou; enfrentou a velha e desgastada máxima que diz que nada é seguro e tudo desmorona o tempo todo. Marianne e Johan sabem que mesmo se reinventando sempre, não há garantias, não há certeza de nada. Quem sabe a única coisa a se fazer é ficarmos no meio da noite numa casa escura em algum lugar do mundo, como bem explicita o título do último episódio?<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size:14.0pt;mso-bidi- Baskerville Old Face","serif";letter-spacing:1.0pt;mso-bidi-font-weight: boldfont-family:";font-size:12.0pt;">Título Original</span><span style="font-size:14.0pt;mso-bidi-Baskerville Old Face","serif";letter-spacing:1.0ptfont-family:";font-size:12.0pt;">: Scener Ur Ett Äktenskap<br /><span style="mso-bidi-font-weight:bold">Gênero</span>: Drama<br /><span style="mso-bidi-font-weight:bold">Duração</span>: 299 min.<br /><span style="mso-bidi-font-weight:bold">Ano</span>: 1974 (Suécia)<br /><span style="mso-bidi-font-weight:bold">Direção</span>: Ingmar Bergman<br /><span style="mso-bidi-font-weight:bold">Roteiro</span>: Ingmar Bergman<br /></span><span style="font-size:14.0pt;mso-bidi-font-family: "Baskerville Old Face","serif";mso-bidi-letter-spacing:1.0pt; mso-bidi-font-weight:boldfont-family:Arial;font-size:10.0pt;">Fotografia: Sven Nykvist<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span lang="EN-US" style="font-size:14.0pt;mso-bidi-Baskerville Old Face","serif";letter-spacing:1.0pt; mso-ansi-language:EN-USfont-family:";font-size:12.0pt;">Elenco: Liv Ullmann, </span><span lang="EN-US" style="font-size:14.0pt;mso-bidi-font-family:"Baskerville Old Face","serif"; mso-bidi-letter-spacing:1.0pt;mso-ansi-language:EN-US; mso-bidi-font-weight:boldfont-family:Arial;font-size:10.0pt;">Erland Josephson, Bibi Andersson, Jan Malmsjö.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span lang="EN-US" style="font-size:14.0pt;mso-bidi-font-family:"Baskerville Old Face","serif";mso-bidi- letter-spacing:1.0pt;mso-ansi-language:EN-US;mso-bidi-font-weight:boldfont-family:Arial;font-size:10.0pt;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="font-size:14.0pt;mso-bidi-line-height:150%;Baskerville Old Face","serif"font-family:";font-size:12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height:150%"><span style="font-size:14.0pt; mso-bidi-line-height:150%;Baskerville Old Face","serif"; letter-spacing:1.0ptfont-family:";font-size:12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p><p></p><p></p>Nelson Marqueshttp://www.blogger.com/profile/14703532466359023205noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1375657720468465386.post-51183233277145316212009-05-26T16:18:00.001-07:002009-05-26T16:21:13.494-07:00Homenagem<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://3.bp.blogspot.com/_sMjA_ttacSE/Shx43Ka8xaI/AAAAAAAAABQ/9dN4W8BVKk4/s1600-h/1220318277.png"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 303px;" src="http://3.bp.blogspot.com/_sMjA_ttacSE/Shx43Ka8xaI/AAAAAAAAABQ/9dN4W8BVKk4/s320/1220318277.png" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5340276147240093090" /></a><br /><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(0, 153, 0);"><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic;">Um bondinho que sobe</span></span><div><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(0, 153, 0);"><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic;">Um bondinho que desce</span></span></div><div><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(0, 153, 0);"><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic;">E o turista continua comendo o açucar do pão!</span></span></div><div><br /></div><div><br /></div><div>Onde quer que esteja, que esteja bem.</div>Nelson Marqueshttp://www.blogger.com/profile/14703532466359023205noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1375657720468465386.post-59950761811006927392009-05-24T05:25:00.000-07:002009-05-24T05:54:23.399-07:00Novo título!<div style="text-align: justify;">Pois é, eis que este blog ressurge das cinzas com um novo título e a esperança (pela milésima vez) de se tornar um diário de bordo, um canto bacana de mim para mim, afinal de contas, sou voz reflexiva.<br /></div><div style="text-align: justify;">Muitas coisas já aconteceram em 2009. Muitas mudanças e novos caminhos começam a aparecer e já reformulam toda minha vida. Nunca tive o desejo de permanecer como estátua do meu próprio eu; andar em novas direções dá medo e exige muita confiança em si mesmo. Estou confiante (ligeiramente vacilante, eu sei, fazer o quê, não é mesmo?). Meus caminhos só eu posso fazer; minhas escolhas são minhas e de mais ninguém.</div><div style="text-align: justify;">Tenho muitas ideias a apresentar. Causos a serem narrados. Poesias a serem partilhadas. Queria começar fazendo uma homenagem a uma grande amiga, uma amiga deliciosamente inteligente e bela. Para você, amiga de sonhos e alegrias; de decepções e lutas...</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'lucida grande';">DESPEDIDA</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'lucida grande';"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'lucida grande';">Vais ficando longe de mim</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'lucida grande';">como o sono, nas alvoradas;</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'lucida grande';">mas </span><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(153, 51, 153);"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'lucida grande';">há estrelas sobressaltadas</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(153, 51, 153);"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'lucida grande';">resplandecendo além do fim</span></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'lucida grande';">.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'lucida grande';"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'lucida grande';">Bebo essas luzes com tristeza,</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'lucida grande';">porque sinto bem que elas são</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'lucida grande';">o último vinho e o último pão</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'lucida grande';">de uma definitiva mesa.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'lucida grande';"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'lucida grande';">E olho para a fuga do mar,</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'lucida grande';">e para a ascensão das montanhas,</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'lucida grande';">e </span><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(255, 0, 0);"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'lucida grande';">vejo como te acompanhas,</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(255, 0, 0);"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'lucida grande';">- para me desacompanhar</span></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'lucida grande';">.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'lucida grande';"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'lucida grande';">As luzes do amanhecimento</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'lucida grande';">acharão toda a terra igual.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'lucida grande';">- Tudo foi sobrenatural,</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'lucida grande';">sem peso e contentamento,</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'lucida grande';"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'lucida grande';">sem noção do mal nem do bem,</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'lucida grande';">- </span><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(51, 0, 153);"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'lucida grande';">jogo de pura geometria</span></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'lucida grande';">,</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'lucida grande';">que eu pensei que se jogaria,</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'lucida grande';">mas não se joga com ninguém.</span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Cecília Meireles</div><div><br /></div><div><div><br /></div></div>Nelson Marqueshttp://www.blogger.com/profile/14703532466359023205noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1375657720468465386.post-58337672873241474152009-01-24T14:00:00.000-08:002009-06-20T09:08:32.044-07:00Violência Gratuita<a href="http://1.bp.blogspot.com/_sMjA_ttacSE/SXuP6UPexPI/AAAAAAAAAAU/jR-XnNw6AwA/s1600-h/VIOLENCIA+GRATUITA"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5294984018932974834" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 211px; CURSOR: hand; HEIGHT: 320px" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_sMjA_ttacSE/SXuP6UPexPI/AAAAAAAAAAU/jR-XnNw6AwA/s320/VIOLENCIA+GRATUITA" border="0" /></a><br /><br /><div align="justify">O debate sobre a violência humana não é novo, pelo contrário. Estão aí as grandes guerras da humanidade para comprovarem que somos movidos por um instinto destrutivo intenso e poderoso. Porém, com a evolução era de se esperar que conseguisemos um avanço no que diz respeito a uma maior convivência com nossos semelhantes. <em><span style="color:#ff0000;">Mera ilusão</span></em> é o que o filme dirigido por Michael Haneke parece querer dizer a cada fala não dita, a cada intenção não revelada.</div><div align="justify">O sugestivo título original nos leva a pensar sobre a total falta de amadurecimento de alguns muitos por aí. Os dois jovens bem vestidos e com um comportamento aparentemente dócil e educado são capazes de matar sem nenhum tipo de remorso. A falta de limites, a não capacidade de ser responsável são percebidas em qualquer dia-a-dia escolar. Pais parecem preocupados apenas com que seus filhos não sofram, não se frustrem, não sejam adultos. Muitos não aprendem o respeito. Muitos só conseguem acreditar na imbecibilidade a que foram sistematicamente submetidos por seus incapazes mentores.</div><div align="justify">Refilmagem feita pelo diretor a partir de seu próprio original, Funny Games brinca com os chamados filmes de redenção, isto é, aquele tipo de filme que salva os mocinhos e mata os bandidos, trazendo a uma plateia sedenta de soluções simplistas uma sensação de alívio e conforto.</div><div align="justify">Não é fácil digerir as atrocidades cometidas por Paul e Peter. Não é simples buscar as reais intenções do diretor alemão em realizar o mesmo filme duas vezes. A sensação que fica é a de que nós, seres humanos racionais, somos tolos, sem sentido. E essa vida que tanto apreciamos é corriqueira, efêmera e... sem importância.</div><div align="justify"></div>Nelson Marqueshttp://www.blogger.com/profile/14703532466359023205noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1375657720468465386.post-46894681993696421552009-01-13T06:25:00.001-08:002009-01-13T06:39:25.307-08:00Uma reflexão...<div style="text-align: justify;">O texto abaixo é o editorial da Revista Cult do mês de dezembro. Um texto que abre um dossiê chamado "Deus no pensamento contemporâneo". Ando lendo muita coisa a respeito por conta das minhas pesquisas pré-Doutorado e achei que essa pequena reflexão renderia um ótimo debate.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic;">"Na origem da Criação, escreveu o filósofo Jean Guitton, não há acontecimento aleatório, não há acaso, mas um grau de ordem infinitamente superior a tudo aquilo que podemos imaginar: ordem suprema que regula as constantes físicas, as condições iniciais, o comportamento dos átomos e a vida das estrelas. Poderosa, livre, infinitamente existente, misteriosa, implícita, invisível, ela está ali, eterna e necessária, por trás dos fenômenos, acima do Universo, mas presente em cada partícula. Tudo o que nos cerca hoje, desde o espetáculo do sol até o perfume das flores, tudo isso existia já no germe dos primórdios: o Universo sabia que, em sua hora, o homem viria. Não aparecemos assim, um belo dia, porque um par de dados cósmicos rolou para o lado bom. A vida e a inteligência não aparecem no Universo em conseqüência de acidentes, nos quais estaria ausente qualquer finalidade. O Universo, em sua imensa complexidade, e apesar de suas aparências hostis, é feito para gerar vida, consciência e inteligência. Matéria sem consciência não é senão ruína do Universo.<br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic;">Deus é o Criador e nos fez á sua própria imagem. Isso é uma questão de fé. São Tomás de Aquino exerce uma influência tão profunda no pensamento contemporâneo porque foi o primeiro que postulou uma harmonia entre o que se crê e o que se sabe, entre o ato de fé e o ato de saber. O resto é vertigem filosófica."</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic;"><br /></span></div><div style="text-align: right;">Dayse Bregantini</div>Nelson Marqueshttp://www.blogger.com/profile/14703532466359023205noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1375657720468465386.post-54812627187954934922009-01-08T16:05:00.000-08:002009-01-09T08:30:15.210-08:00Meu atual estado de espírito!<div align="justify"><span style="color:#ff0000;"></span> </div><div align="justify"><span style="color:#ff0000;"></span> </div><div align="justify"><span style="color:#ff0000;">Someone to hold you too close</span></div><div align="justify"><span style="color:#ff0000;">Someone to hurt you too deep</span></div><div align="justify"><span style="color:#ff0000;">Someone to sit in your chair </span></div><div align="justify"><span style="color:#ff0000;">And ruin your sleep </span></div><div align="justify"><span style="color:#ff0000;">And make you aware of being alive</span></div><div align="justify"><span style="color:#ff0000;">Someone to need you too much</span></div><div align="justify"><span style="color:#ff0000;">Someone to know you too well</span></div><div align="justify"><span style="color:#ff0000;">Someone to pull you up short</span></div><div align="justify"><span style="color:#ff0000;">And put you through hell</span></div><div align="justify"><span style="color:#ff0000;">And give you support for being alive - being alive</span></div><div align="justify"><span style="color:#ff0000;">Make me alive, make me confused</span></div><div align="justify"><span style="color:#ff0000;">Mock me with praise, let me be used</span></div><div align="justify"><span style="color:#ff0000;">Vary my days, but alone is alone, not alive.</span></div><div align="justify"><span style="color:#ff0000;">Somebody hold me too close</span></div><div align="justify"><span style="color:#ff0000;">Somebody force me to care</span></div><div align="justify"><span style="color:#ff0000;">Somebody make me come through</span></div><div align="justify"><span style="color:#ff0000;">I'll always be there</span></div><div align="justify"><span style="color:#ff0000;">As frightened as you of being alive</span></div><div align="justify"><span style="color:#ff0000;">Being alive, being alive</span></div><div align="justify"><span style="color:#ff0000;">Someone you have to let in</span></div><div align="justify"><span style="color:#ff0000;">Someone whose feelings you spare</span></div><div align="justify"><span style="color:#ff0000;">Someone who, like it or not</span></div><div align="justify"><span style="color:#ff0000;">Will want you to share a little, a lot of being alive</span></div><div align="justify"><span style="color:#ff0000;">Make me alive, make me confused</span></div><div align="justify"><span style="color:#ff0000;">Mock me with praise, let me be used</span></div><div align="justify"><span style="color:#ff0000;">Vary my days, but alone is alone, not alive</span></div><div align="justify"><span style="color:#ff0000;">Somebody crowd me with love</span></div><div align="justify"><span style="color:#ff0000;">Somebody force me to care</span></div><div align="justify"><span style="color:#ff0000;">Somebody make me come through</span></div><div align="justify"><span style="color:#ff0000;">I'll always be there</span></div><div align="justify"><span style="color:#ff0000;">As frightened as you to help us survive</span></div><div align="justify"><span style="color:#ff0000;">Being alive, being alive,</span></div><div align="justify"><span style="color:#ff0000;">Being alive, being alive.</span></div>Nelson Marqueshttp://www.blogger.com/profile/14703532466359023205noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1375657720468465386.post-67896605592082191212009-01-08T09:28:00.000-08:002009-01-10T07:32:44.666-08:00Feliz 2009!!!<div align="justify"><span style="color:#333399;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#333399;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#333399;">Ano novo, vida nova! Perdão, mais de clichês também se vive!</span></div><div align="justify"><span style="color:#333399;">Hoje posso dizer que estou livre de compromissos profissionais, afinal de contas, até ontem estava na maratona de correções. O ano iniciou friorento e com muita chuva. Desde a manhã passada, o sol resolveu dizer que também existe e nos trouxe (pelo menos para mim) uma sensação de renovação e liberação de mofos e afins.</span></div><div align="justify"><span style="color:#333399;">A saudade anda rondando minha vida. Não a saudade de velhos tempos e ou de outras etapas, nada disso. A falta é da pessoa, do carinho, da voz, do coração... Bom mesmo é saber que a saudade faz aumentar o desejo, o carinho e o amor.</span></div><div align="justify"><span style="color:#333399;">2009 começa com trabalho novo e desafios importantes. Colégio novo, alunos desconhecidos, propostas diferentes... Vamos lá, estou preparado e digo: SOU CAPAZ!</span></div><div align="justify"><span style="color:#333399;">O teatro sai por uma porta e entra de modo inteligente por outra. Clitemnestra e Patróclo estão se preparando e em maio entram em cena com desejo de questionar e dar a cara à tapa.</span></div><div align="justify"><span style="color:#333399;">Ah, Doutorado começando a ganhar ares de concretizações. Reunião com professor importante, dicas e revisões. Mãos à obra!!! A hora é de crescer!</span></div><div align="justify"><span style="color:#333399;">Um grande e forte abraço a todos os amigos e que possamos todos caminhar com mais coragem e disposição.</span></div>Nelson Marqueshttp://www.blogger.com/profile/14703532466359023205noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1375657720468465386.post-31988470924426308212008-12-14T15:24:00.000-08:002008-12-20T02:57:24.798-08:00Não ao ódio e a intolerância<div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify">Mississipi em Chamas (Mississipi Burning) data de 1988. Vinte anos depois e o filme continua com uma força descomunal; com imagens que nos fazem (mais uma vez) pensar sobre a nossa perplexa condição humana.<br />O ano é 1964 e o estado do Mississipi está literalmente em chamas: negros e brancos não podem ser colocados no mesmo patamar, afinal de contas, como faz questão de dizer uma moradora da intolerante Jessup, município onde se passa a ação: <em>“eles não são como nós. Não tomam banho. Fedem. Eles... eles são nojentos. Simplesmente não são como os brancos”.</em> Pois é, já foi dito que o ódio não nasce com o ser humano; ele é ensinado, doutrinado e, assim, de maneira incisiva, você passa a odiar sistematicamente aqueles (ou aquilo) que está fora do seu contexto sócio-cultural ou político-religioso, não importa.<br />Em outro momento marcante, um líder da ininteligível Ku Klux Klan, clama a quem quiser ouvir que o racismo do seu grupo se estende de maneira ampla e cruel: <em>“Vamos esclarecer uma coisa: não aceitamos os judeus porque eles rejeitaram Cristo. Não aceitamos papistas porque eles reverenciam um ditador romano. Não aceitamos os turcos, os tártaros, os mongóis, os orientais ou os negros.”</em> O ódio e a ignorância são muito maiores e fazem muito mais estrago do que podemos imaginar.<br />Desde muito cedo aprendi a buscar novas maneiras de pensar o mundo que me cerca. Sempre desconfiei daquelas opiniões que me pareciam definitivas demais (inclusive as do meu próprio pai). Desde que me entendo por gente, tenho dificuldade em aceitar que uma opinião pode prevalecer diante de outras. Isso não quer dizer, em absoluto, que sou a pessoa mais tolerante da face da Terra ou que tenho tudo muito bem resolvido dentro de mim. Estou distante (bem distante) de me tornar um líder pacifista como Mahatma Gandhi, por exemplo, minhas pretensões não chegam a tanto. Apenas sinto que a vida me conduz por caminhos importantes e não há como deixar de aprender com eles.<br />Atualmente, lido diariamente com os jovens e suas “opiniões definitivas” sobre o mundo e a vida. Muitos desses jovens, na verdade, buscam com tais opiniões apenas uma maneira de dialogar, um modo de se redescobrir e se reinventar. Isso sem contar que as atitudes e colocações desses jovens me fazem rever uma série de “certezas” minhas. Essa troca me faz crescer dia a dia; me faz perceber que continuo com muitos desejos da minha própria juventude; me lembra constantemente que o mundo só pára quando você se deixa parar.<br />Sejamos honestos: a vida é vasta e os desejos são muitos; tudo o que precisamos é continuar aprendendo e amadurecendo, mesmo que para isso tenhamos que destruir todos os nossos “castelinhos de areia” e recomeçarmos; porque acredito que a vida sem recomeços é chata, vazia, estúpida e sem sentido.<br />Junto com a dica do excelente filme dirigido pelo mestre Alan Parker, deixo a música de dois grandes lutadores dos direitos humanos: Bob Dylan e Joan Baez.</div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"><a href="http://br.youtube.com/watch?v=_t4lxAzvi2Y">http://br.youtube.com/watch?v=_t4lxAzvi2Y</a> (link sobre o filme)</div><div align="justify"></div><div align="justify"><a href="http://br.youtube.com/watch?v=f01UehWq3v8">http://br.youtube.com/watch?v=f01UehWq3v8</a> (Bob Dylan & Joan Baez)</div><div align="justify"></div><div align="justify"></div>Nelson Marqueshttp://www.blogger.com/profile/14703532466359023205noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1375657720468465386.post-6649316876635009212008-12-09T14:30:00.000-08:002008-12-09T15:43:58.470-08:00<div align="justify"><span style="color:#ff0000;"><em>O professor na época da internet</em></span>, por Umberto Eco<br /><br /><span style="color:#000000;">Na avalanche de artigos sobre o comportamento agressivo e violento nas escolas (bullying) li sobre um episódio que não definiria assim, mas, no máximo, de impertinência – e, todavia, se trata de uma impertinência significativa. Pois bem, dizia-se que um estudante, para provocar o professor, teria lhe perguntado: “Desculpe, mas na época da internet, o senhor para que serve?”<br />O estudante estava dizendo uma meia-verdade, que, aliás, até os professores dizem há pelo menos 20 anos, isto é, que antigamente a escola tinha de transmitir formação, mas, sobretudo noções da tabuada no ensino fundamental I à capital do Madagascar no fundamental II, até a Guerra dos Trinta Anos no ensino médio. Com o advento, nem vou dizer da internet, mas da televisão ou do rádio, e talvez já com o do cinema, boa parte dessas noções eram absorvidas pelos estudantes ao longo da vida extra-escolar.<br />Meu pai, quando pequeno, não sabia que Hiroshima ficava no Japão, que existia Guadalcanal, e da Índia sabia o que o escritor Salgari lhe contava. Eu, desde a época da guerra, aprendi essas coisas com o rádio e com os mapas nos jornais, ao passo que meus filhos viram na televisão os fiordes noruegueses, como as abelhas polinizavam as flores, como era um tiranossauro Rex; enfim, um garoto de hoje sabe tudo sobre o ozônio, sobre os coalas, sobre o Iraque e o Afeganistão. Talvez esse garoto não saiba dizer direito o que são as células estaminais, mas já ouviu falar delas, ao passo que nos meus tempos nem a professora de ciências naturais nos falava sobre isso. Mas então para que servem os professores?<br />Afirmei que o que o estudante falava era apenas uma meia-verdade porque o professor além de informar tem de formar. O que faz de uma classe uma boa classe não é o fato de que ali se aprendam datas e dados, mas sim que ali se estabeleça um diálogo, um confronto de opiniões, uma discussão sobre o que se aprende na escola e sobre o que acontece fora dela. Claro, o que acontece no Iraque a televisão nos conta, mas por que motivo sempre acontece alguma coisa por lá, desde os tempos da civilização mesopotâmica, e não na Groenlândia, só a escola pode dizer. Os meios de comunicação nos dizem inúmeras coisas e nos transmitem até valores, mas a escola deveria saber discutir a maneira como nos são transmitidos e avaliar o tom e a força das argumentações desenvolvidas no papel impresso e na televisão. E depois há a verificação das informações transmitidas pela mídia: por exemplo, quem, a não ser aquele professor, pode corrigir as pronúncias erradas daquele inglês que cada um acredita aprender da televisão?<br />Mas o estudante não estava dizendo ao professor que não precisava dele porque agora são o rádio e a televisão a lhe dizer onde fica Timbuctu ou que se discutiu sobre a fusão a frio, ou seja, não estava lhe dizendo que seu papel tinha assumido por discursos que circulam de maneira casual e desordenada, dia após dia, pelos diversos meios – e que sabermos muito sobre o Iraque e pouco sobre a Síria depende da boa ou má vontade de Bush. O estudante estava dizendo que hoje existe a internet, a Grande Mãe de todas as Enciclopédias, onde se encontram a Síria, a fusão a frio e a discussão infinita sobre o mais alto dos números ímpares. Estava lhe dizendo que as informações que a internet coloca à sua disposição são mais amplas e não raro mais aprofundadas que aquelas que o professor dispõe. E descuidava de um ponto importante: que a internet lhe diz “quase tudo”, exceto como procurar, filtrar, selecionar, aceitar ou recusar aquelas informações.<br />Armazenar novas informações, desde que se tenha uma boa memória, é coisa que todos conseguem. Mas decidir quais delas devem ser recordadas e quais não devem é arte sutil. Isso faz a diferença entre quem seguiu um curso de estudos regulares (ainda que mal) e um autodidata (ainda que genial).<br />O problema dramático é que talvez nem sequer o professor saiba ensinar a arte da seleção, ao menos não sobre todo o capítulo do saber. Mas, ao menos, sabe que deveria saber; e se não sabe dar instruções precisas sobre como selecionar, pode dar o exemplo de alguém que se esforça para comparar e julgar o que a internet coloca à sua disposição. E, enfim, pode encenar o esforço para reorganizar em sistema o que a internet lhe transmite em ordem alfabética, dizendo que existem Tamerlão e os monocotilédones, mas não mostrando a relação sistemática entre essas duas noções.<br />A dar o sentido dessas relações só pode ser a escola, e se não souber fazer isso deverá se instrumentar para tanto. De outro modo, o “iie”, de internet, inglês e empresarial, será apenas a primeira parte de um zurro de asno que não alcançará o céu.</span></div>Nelson Marqueshttp://www.blogger.com/profile/14703532466359023205noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1375657720468465386.post-73461064843211535672008-11-16T04:30:00.000-08:002009-01-10T07:35:11.566-08:00Valores<div align="justify"><span style="color:#000099;">Milênio após milênio; século após século; década após década; ano após ano... dia após dia. Valores são mudados, ideais são necessários e mudanças são decisivas. Desde que o mundo é mundo, sabemos o quão importante é sabermos tomar decisões, ou melhor, sabemos o quanto é necessário nos posicionarmos diante dos problemas da vida.<br />Estamos chegando ao final do ano que marcou os quarenta anos de um momento crucial na história: 1968! Revolução sexual, revolução social, ditadura, Vietnã, nova revolução em Paris, AI-5, Martin Luther King...Bob Dylan, Patty Smith. Joan Baez, Rolling Stones, Janis Joplin, Jimmy Hendrix, The Doors... O ano que não terminou definitivamente não foi levado com o vento.<br />Quais conquistas realmente foram alcançadas? Quais mudanças podem ser consideradas essenciais e definitivas? Sem querer chover no molhado, mas a vitória de Barack Obama na “maior potência do bloco ocidental”, pode ser eleita como um marco na chamada democracia capitalista. Obama não é (nem deve ser) um líder messiânico, um salvador da pátria. Obama é fruto de uma série de revoluções que há tempos aquela sociedade acima da linha do Equador vem buscando. Para nós (e para o resto do mundo) não há como ficar indiferente a esse capítulo da história e torcer para que estejamos entrando numa era de novas mudanças; de novos diálogos.<br />O fim de 2008 traz para muitos cariocas (incluindo este que vos escreve) a decepção pela possibilidade de reforma não alcançada. Há tempos nossa cidade vem sofrendo com uma política populista e medíocre e, ao que parece, serão mais quatro anos de mesmice e achincalhe à população carioca. Não devemos torcer contra, naturalmente, mesmo porque nossa eterna (e irritante) síndrome de Pollyanna jamais permitiria. Por outro lado, também não dá para ficar indiferente as medidas anunciadas pelo alcaide da vez: nomeação de Jandira Feghali como representante da cultura, a aprovação automática (tão martelada em campanha) não sofrerá abalo e continuaremos a despejar na cidade mais uma geração de analfabetos funcionais, são apenas pequenos exemplos do que parece um começo “promissor”. This is a new old shit!!<br />Não foi dessa vez que conseguimos subir no bonde da modernidade, mas vamos lá, nos preparemos e façamos a nossa parte. Saibamos cobrar, saibamos educar e saibamos respeitar, porque como diz o dito popular: Pior do que está, não pode ficar! Metade do eleitorado carioca está com os dedos cruzados, tenho certeza disso!</span></div>Nelson Marqueshttp://www.blogger.com/profile/14703532466359023205noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1375657720468465386.post-19025674901810606522008-11-06T01:50:00.000-08:002008-11-06T01:55:24.206-08:00"Matou a política e foi ao cinema."<div align="justify"><span style="color:#000099;">Texto muito bom do Guilherme Fiuza, jornalista e autor do livro 'Meu Nome não é Johnny'.</span></div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#6600cc;"></span> </div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#6600cc;">"A eleição mais disputada do Brasil foi decidida pela ignorância. A ignorância dos cultos e dos bem-pensantes.O vencedor, candidato de Lula e do governador Sérgio Cabral Filho, era também o candidato das milícias, como mostraram as pesquisas de opinião. Além do braço armado, tinha o braço da pirataria ideológica. Panfletos difamatórios foram apreendidos aos milhares nos comitês de Eduardo Paes.A parcela mais esclarecida da população, aquela que grita por uma cidade mais civilizada e ética, aderiu a Fernando Gabeira. Uma 'onda verde' das pessoas de bem adotou o candidato da transparência, que divulgou nome por nome dos seus doadores de campanha. E as quantias também. Tudo isso antes do primeiro turno. Uma revolução.Num eleitorado de quase 5 milhões, Gabeira perdeu por pouco mais de 50 mil votos. Não foi derrotado pela campanha suja do adversário. Foi derrotado pelas 'pessoas de bem'.A abstenção no Rio foi recorde. No feriadão criado pelo padrinho do vencedor, mais de 20% não votaram. E esse recorde foi puxado pela Zona Sul da cidade - onde está a maior concentração de cultos e bem-pensantes. Dessa turma, nada menos que um em cada quatro eleitores trocou a urna por um programa melhor.Gabeira foi derrotado pelo eleitor de Gabeira.O candidato do Partido Verde, que fez história nessa eleição com sua cruzada contra a baixaria, disse que derrotaria as máquinas estadual, federal e universal - a do bispo Crivella, amigo de Lula, que assim como as milícias aderiu a Eduardo Paes.Gabeira derrotou-as. Só não conseguiu vencer a máquina da ignorância culta.É a mais letal das ignorâncias. Trata-se daquela em que o sujeito tem educação e informação suficientes para discernir. Mas não assume suas responsabilidades.Do povão manobrável, espera-se que seja manobrado. Das milícias e máquinas, espera-se que manobrem o povão. Da elite esclarecida, espera-se que dê o exemplo.A elite esclarecida matou a política e foi ao cinema. Ou à praia. É direito dela. Só não tem mais direito de choramingar a falta de ética dos outros."</span></div>Nelson Marqueshttp://www.blogger.com/profile/14703532466359023205noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1375657720468465386.post-31523221873908267412008-10-29T10:45:00.000-07:002008-10-29T11:09:05.163-07:00Agora é torcer para que não seja tão ruim.<a href="http://4.bp.blogspot.com/_sMjA_ttacSE/SQimtKXFgtI/AAAAAAAAAAM/7GkwNbJ-Bsc/s1600-h/cobra+prefeito.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5262639459387933394" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 240px" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_sMjA_ttacSE/SQimtKXFgtI/AAAAAAAAAAM/7GkwNbJ-Bsc/s320/cobra+prefeito.jpg" border="0" /></a><br /><div align="justify">Bom, depois do banho de água fria com o resultado das eleições municipais, o jeito é torcer para que o escolhido por 50,83% dos eleitores faça algo de bom a essa cidade tão massacrada por políticos picaretas.</div><br /><div align="justify">Acho que o Rio perdeu uma grande oportunidade de mudar e ampliar sua perspectiva política. Há tempos que estamos vendo a decadência e o provincianismo nos governarem. O jornal O Globo publicou na última segunda uma lista com 39 itens (reproduzidos aqui por nós). Sejamos fiscais e não deixemos o ex-sub-prefeito governar como seu antecessor (e ex-mestre) prefeito maluquinho (des)governou.</div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify"></div>Nelson Marqueshttp://www.blogger.com/profile/14703532466359023205noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1375657720468465386.post-89428842304791374212008-10-09T14:04:00.000-07:002008-10-09T14:08:34.451-07:00Pensamento do dia.<div align="center"><br /><span style="font-family:georgia;color:#ff0000;"><em>"Tolerar a existência do outro e permitir<br />que ele seja diferente ainda é muito pouco.<br />Quando se tolera, apenas se concede, e essa<br />não é uma relação de igualdade, mas de<br />superioridade de um sobre o outro.<br />Deveríamos criar uma relação entre as<br />pessoas da qual estivesse excluída a<br />tolerância."</em></span></div><div align="center"><br /></div><div align="center"><span style="color:#ff6666;">(José Saramago)</span></div>Nelson Marqueshttp://www.blogger.com/profile/14703532466359023205noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1375657720468465386.post-11617376231208836522008-10-06T23:33:00.000-07:002008-10-07T14:56:04.448-07:00Como nascem os monstros.<div align="justify"><a href="http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL783334-5602,00MENINO+INVADE+ZOO+E+ALIMENTA+CROCODILO+COM+ANIMAIS+RAROS.html"><span style="font-size:78%;">http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL783334-5602,00MENINO+INVADE+ZOO+E+ALIMENTA+CROCODILO+COM+ANIMAIS+RAROS.html</span></a></div><div align="justify"></div><div align="justify">Bom, ao que parece não causou estranheza um menino de sete anos atirar animais de pequeno porte a um crocodilo num zoológico da Austrália. Também não parece nada estranho esse mesmo menino bater em um lagarto várias vezes até causar a morte do animal. Assistindo ao programa Happy Hour os convidados e os apresentadores pareciam bastante tranqüilos em relação ao ato. De acordo com um poeta que por lá estava, antigamente as crianças matavam passarinhos com estilingue e todo mundo achava normal. Pois é, poeta, os alemães contemporâneos de Hitler também achavam normal matar gente. Ah, me desculpe, provavelmente o poeta vai me achar exagerado ao comparar o ato da criancinha com os atos praticados na Alemanha nazista. Desculpe, às vezes eu exagero mesmo. Outro convidado (nem guardei o que ele era) falou da necessidade de lembrarmos que se trata de uma criança, e como tal não sabe o que está fazendo. Pois é, menores que matam e estupram também não devem saber o que estão fazendo. Em todo caso, recomendo a esse senhor a leitura do excelente livro da canadense naturalizada francesa “Marcas de Nascença”. Talvez ele perceba que a formação de um indivíduo se dá desde mais tenra idade. E talvez ele (assim como os outros participantes) ache “curioso” descobrir que todo ato tem conseqüência.<br />Enfim, pelos comentários tecidos no tal programa (que, aliás, perdeu um espectador) devemos encarar com naturalidade e tranqüilidade a crueldade infantil. Prefiro acreditar que pais conscientes e engajados num mundo mais humano estão atentos às “gracinhas” de seus filhos. Prefiro acreditar que nem todos os pais são estúpidos como os pais do pequeno Sol, um dos personagens de Nancy Huston.</div>Nelson Marqueshttp://www.blogger.com/profile/14703532466359023205noreply@blogger.com0